quinta-feira, 5 de março de 2009

ELOGIOS E RECONHECIMENTO

ELOGIO E RECONHECIMENTO
Carlos Antônio dos Santos
Esse é o título do artigo publicado na revista Indústria de Minas, da Fiemg, por Eloi Zanetti, especialista em marketing e comunicação corporativa. É impressionante as semelhanças que encontramos do relato com as situações da nossa vida no dia-a-dia. Diz o artigo, que Akira Kurosawa, hoje cineasta, era considerado por todos e até por ele próprio um “completo imbecil”. Era uma pessoa totalmente inexpressiva durante sua vida de infância e até a adolescência.
Mas foi um professor de Arte que, vendo um de seus trabalhos na sala de aula teceu alguns comentários colocando-o em destaque na sua turma e enaltecendo suas qualidades, até então nem vistas por ele, com “demorados elogios”.
Foi o bastante para ele se enxergar e dar um rumo à sua vida, e carregar consigo aquele elogio, e passou a fazer tudo por merecê-lo.
São inúmeras as situações que encontramos em que as pessoas debocham de colegas e amigos inibindo um potencial que poderia ser desenvolvido. Também são inúmeras as oportunidades que temos de tecer comentários elogiosos às pessoas que nos cercam e que poderiam, como o professor de Arte de Kurosawa, ser o norte para muitos, e infelizmente não nos damos conta disso.
Na maioria das vezes é preciso que alguém perceba as qualidades ou mesmo o potencial de alguém, que possa ser desenvolvido, e teça um elogio demonstrando um reconhecimento de um aspecto positivo da pessoa.
Conta-se no artigo em questão que, estando o autor viajando pelo interior do Paraná na companhia do músico Luiz Gonzaga, o rei do baião, durante uma breve parada numa churrascaria de beira de estrada Luiz Gonzaga perguntou ao garçom que o serviu, em voz alta: “Moço, você é o dono do estabelecimento, não é?” Recebendo um não, obviamente já percebido pelo músico, mas este ainda disse: “É, mas não vai demorar muito e você vai ter a sua própria churrascaria. Tenho observado o seu trabalho, e você tem tudo para ser o dono do seu próprio negócio”.
Agora, imagine o garçom recebendo um elogio desses em público e ainda mais por uma figura como Luiz Gonzaga.
É interessante também notar que até uma certa fase de nossas vidas não conseguimos enxergar as oportunidades que nos cercam ou mesmo o meio em que estamos. O adolescente na maioria das vezes se volta para questões irrelevantes próprias de sua idade e nos faz pensar: como é possível que ele não perceba a importância de certas coisas que nós, pais ou professores ou mesmo como simples adultos queremos que ele valorize?
Quando adultos nos tornamos profissionais e especialistas em algum tipo de atividade, mas se não formos notados enquanto alunos e adolescentes também seremos como o cineasta: invisíveis aos olhos dos outros.
Devemos praticar essa não tão difícil atitude do professor de Arte: elogiar as pessoas mostrando a elas e a todos o seu lado positivo. Vamos estar ajudando muita gente a encontrar seu caminho.

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